Saturday, September 06, 2008

É...

É silêncio...
É dor...
É frio...
E é calor.

É sangue...
É dor...
É langue...
Mas vem com fervor.

É tempo...
É flor...
É lento...
Contudo traz o ardor.

É puro...
É tempestade...
É o sorriso e a sua metade.

É calmo...
É confusão...
É o palmo da nossa razão.

É desejo...
É desalento...
É a angústia do sofrimento.

É alegria...
É a tristeza...
É caminhar com toda a leveza.

É a Noite...
mas também o Dia....
A Primavera...
mas também o Outono.

É o verão do inverno
O Sol da Lua
a ferida da espada
e o que sempre continua.

É o completar de um vazio que se movimenta por um todo.
É a esperança que se inicia mas que jamais termina.
É a união dos contrários e a disjunção dos análagos.
É a forma tomada de tudo que existe e de tudo aquilo que persiste.
É a expolsão interior e a eclosão exterior.

É cobiça,
É vaidade,
É inveja,
É rancor.

É o apertar do peito,
o sentir do vazio,
o amanhecer da noite
e o entardecer do dia.

É a vida que ata e que não desata.
É um conjunto de folhas rasgadas e guardadas para nunca mais ver.

É o tocar dos violinos e dos violoncelos,
a constatação das estrelas
e o luminar das velas.

É o constragimento puro.
O abraçar das bochechas,
o cair das folhas
e o desabrochar das formigas.

É o encontro e desencontro dos olhares perdidos no espaço.

É o frenesim frenético das pálpebras que com
a movimentação da menina - pintada de negro, rodeada de branco, e entrelaçada com uma outra herdada da mãe ou do pai - eleva à memória a intensidade e a vivacidade de um momento, jamais esquecido numa gaveta que fica para lá do consciente.


(pausa)


É silêncio...
É dor...
É frio e é calor.

É sangue...
É dor...
mas vem com fervor.

É simplesmente...sentir o vento que anuncia o amor.

Felisbela de Andrade

2 comments:

LCM said...

É a redundância que nada diz falar sobre tudo

lilikoi said...

a bolacha maria manda-te um beijo, diz que és linda e que quer casar contigo :P